Eram um grupo de quatro jovens aventureiros. Destemidos, amantes da natureza e do ecoturismo.

Eliezer, era o mais jovem, o mais entusiasta. Era quem planejava as rotas e aventuras do grupo. Tinha 24 anos, formado em Comunicação e Turismo. Não gostava da vida urbana, e sempre que podia, fugia para lugares onde podia apreciar a natureza e a vida acontecer nas suas formas mais belas. Diziam que tinha espirito de velho; e ele achava graça deste tipo de colocação: não acreditava em espíritos, muito menos em vida após a morte ou reencarnação.

Sua fé era basicamente em um Deus Criador de tudo e de todos. Não praticava nenhuma religião, contudo, era um jovem generoso, sensível e de bom coração,  valorizava a vida e honrava e protegia a todos seres vivos.

Eliezer adorava sentar à beira-mar, apreciando o som e o ritmo das ondas arrebentando na areia: percebia o mar como uma entidade viva, cheia de força e magnetismo. Curtia ver os bandos de andorinhas em voos acrobáticos atrás das revoadas de insetos que anunciavam as tempestades de verão. Amava o cheiro da terra molhada, grama recém cortada, o cheiro da mata e da maresia. Entendia nosso planeta como uma entidade viva, com muita força, energia e magnetismo, a que se referia como Mãe Terra!

Finalmente chegara a hora de uma nova aventura, e Eliezer sentia-se estranhamente ansioso por aquele passeio, não sabia exatamente o porquê; afinal, já haviam feito vários outros acampamentos como este, que  seria um passeio de 4 dias num pequeno vilarejo no noroeste do estado de São Paulo, quase divisa com Minas Gerais. Era um lugar rodeado de mata nativa, cortado por um rio, com três pequenas cachoeiras, seu destino final. Partiriam do vilarejo, por uma trilha de quatro horas de caminhada: a ideia era passar duas noites acampados próximos as cachoeiras. Era um lugar de difícil acesso, mas que ultimamente vinha sendo muito visitado por apreciadores do ecoturismo. Todas as medidas preventivas de segurança haviam sido tomadas, esperavam um passeio sem maiores problemas, embora sempre houvessem riscos neste tipo de aventura, ainda mais, sem qualquer sinal de internet.

Afinal, não temos o controle sobre a vida, e às vezes, o imprevisto ou improvável acontecem.

A caminhada até as cachoeiras foi tranquila; chegaram no início da tarde com bastante tempo de luz solar para organizar o acampamento e, ainda tomar um gostoso e revitalizante banho de cachoeira, antes da noite de viola e vinho que haviam programado. Apesar de estarem cansados foram dormir já passado da meia-noite. O primeiro dia havia sido acima das expectativas, todos foram se recolher, em suas barracas individuais, cansados, mais realizados e felizes.

Porém, depois de algum tempo de sono, Eliezer acordou com o assobio insistente de algum pássaro. Ficou revirando-se em sua barraca, sem conseguir pregar o olho ou desligar daquele assobio, que não era muito alto nem distante, mas prolongado e insistente, e que se repetia de tempos em tempos, com intervalos quase que cronometrados.

Depois de algum tempo, aquilo foi ficando irritante, quase angustiante!

Eliezer olhou no celular. Eram 02:51h. “Que pássaro estaria cantando a essa hora da madrugada?”, indagava-se o rapaz.

Após várias tentativas de conciliar o sono, Eliezer , impulsivamente, decidiu quebrar todos os protocolos de segurança e abriu a barraca para averiguar que bicho entoava aquele assobio.

Acostumado à acampamentos em mata nativa, Eliezer sentia-se seguro para dar uma olhada em volta, levando consigo uma lanterna e uma tocha com fogo. Não pretendia afastar-se da barraca, mas assim o fez, sem aperceber-se. Perdeu a noção do tempo e do espaço! Só teve consciência de que já não sabia onde estava, quando viu um vulto passar por trás de uma árvore em direção a outra, como se estivesse à espreita, a tudo acompanhando, mas que não quisesse ser visto ou identificado.

Eliezer virou-se rapidamente, tentando acompanhar com os olhos as movimentações daquele  vulto. Era grande, parecia tratar-se de um homem alto. Silêncio. Já não conseguia ouvir o assobio do pássaro.

Primeiro sentiu-se inseguro, para logo depois, o medo chegar… Ficou apreensivo!

Praguejou para si mesmo por não ter seguido os procedimentos básicos: jamais abrir a barraca a noite, jamais sair sozinho a noite, jamais tentar averiguar sons noturnos, sempre ficar relativamente próximo ao fogo.

Então, Eliezer ouve um ruído estranho, algo se  movimenta às suas costas. O rapaz enche-se de coragem e se vira rapidamente, sem perceber a presença do galho de uma árvore.

O improvável acontecia: Eliezer, bate fortemente no galho na altura do coração, aquilo o desequilibra, ele cai para trás, deixando cair a lanterna e a tocha, e bate violentamente a cabeça num velho tronco de árvore ao chão.  Fica inconsciente!

Foi só quando o dia amanheceu que seus companheiros de aventura  sentiram sua falta. No início não ficaram muito preocupados, achando que o amigo havia levantado mais cedo, e estivesse procurando galhos secos para incrementar a fogueira, providenciando um gostoso café da manhã para todos. Típico daquele rapaz amável e dinâmico. Mas os  minutos foram passando, e nada do Eliezer aparecer.  Tomaram café, já apreensivos, e nada!

Resolveram procurar ali por volta, juntos,  para não se perderem. Foram escrevendo números nas árvores com giz branco – algo que sempre carregavam consigo, para uma emergência, como essa que estavam vivendo; assim evitavam o risco de ficarem perdidos no meio da mata.  Passaram a manhã toda procurando por Eliezer, que não estava muito distante dali, mas seguia desacordado.

Discutiram sobre qual seria o próximo passo: deveriam seguir procurando Eliezer ou deveriam retornar ao vilarejo e buscar ajuda? Já bastante preocupados, e com a certeza de algo grave havia acontecido, resolveram deixar a barraca de Eliezer montada e fechada, com comida, água, cobertores e uma lanterna. Além disso, montaram uma nova fogueira, para o caso dele conseguir retornar ao acampamento e não ter condições de procurar lenha; certamente que a noite voltaria a cair na floresta antes que eles pudessem retornar com ajuda.

Depois de um lanche rápido, pegaram a trilha de volta ao vilarejo. Precisavam ser rápidos, para conseguirem chegar antes do anoitecer, e acionar uma equipe de busca e resgate pelo amigo.

O sol já estava se pondo quando Eliezer começou a recobrar a consciência. Foi algo gradual e lento: sua nuca doía muito. Sentou-se com alguma dificuldade, procurou uma árvore para se recostar, colocou a mão onde a dor irradiava e percebeu o sangue coagulado. Estava confuso, não lembrava direito o que havia acontecido, não sabia onde estava e nem teve, imediatamente, consciência da situação perigosa em que se encontrava.

A noite já estava chegando, e com ela todos os perigos de uma floresta.

Depois de algum tempo inerte, um pouco desolado e fora de si, sem nada fazer, nenhum movimento, pensamento ou reação, ele ouviu um assobio prolongado, que se repetia, em intervalos exatamente iguais de tempo; foi então, que as lembranças da madrugada passada começaram a voltar. Tudo começou com aquele assobio.  E o terror e a consciência de mais uma noite perdido no meio da mata, começou a dominar  a alma de Eliezer.

Tentou se levantar, mas logo na primeira tentativa, ficou tonto e precisou se agarrar nas árvores para não cair, teve náuseas e ânsia de vômito. Sentia-se péssimo.

A visão já estava ficando prejudicada pela falta de luz solar, um leve  nevoeiro surgiu, e o breu da noite tomou conta de toda floresta.

Os pássaros já haviam se recolhido nos topos das árvores, e já se ouvia diferentes sons dos animais noturnos. Às vezes, um rasante de  morcego passava próximo do rosto apavorado do jovem rapaz, a ardência e picada de algum mosquito ou outro inseto qualquer, e até um  bater de asas sobre a cabeça, provavelmente alguma coruja.

Imerso no medo aterrorizante que lhe congelava os ossos, sentado e encostado no tronco de  uma árvore, Eliezer ficou prostado,  resignado com a sua situação, já que não havia o que fazer. Sentia frio. Ou será que tremia de nervoso?

A escuridão já dominava a floresta, sem sua lanterna ou qualquer luz, tonto, nauseado  e confuso, nem saberia que direção tomar. Talvez só se embrenhasse mata adentro, se afastando mais e mais do acampamento e da trilha que levava ao vilarejo. Tão assustado estava que nem fome ou sede sentia, embora se corpo já tremesse, e sentisse falta de água e alimento.

Foi então que lhe ocorreu rezar, talvez conversar com Deus ajudasse. E ele, que nem o “Pai Nosso” lembrava, começou a orar, conversava com Deus, mas também  falava com as forças e entidades das matas:

– Senhor meu Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, Virgem Mãe e Todas Forças e Entidades desta Mata Sagrada, me escutem por favor! Eu não estou aqui para profanar, sujar ou matar! Vim aqui para apreciar, me conectar, honrar e  louvar tanta beleza e esplendor!

Respirou fundou pausadamente várias vezes antes de continuar, buscava controlar a ansiedade e o nervosismo através de exercícios respiratórios que usava em suas meditações.Prosseguiu:

– Senhor meu Deus, permita que o vento sopre e leve minha voz até vós, que esta mata verde reverbere meu pedido de socorro, me pedido de auxílio, de misericórdia! Tenho medo, muito medo! Por favor, me ajudem! Que a proteção e a benção dos Senhores das Matas cheguem até mim, que a força desta natureza viva e bela me proteja dos mistérios e perigos desta sacro lugar!

E então, rompendo um silêncio aflitivo que havia se instalado com as preces do rapaz, novamente, aquele assobio prolongado e insistente recomeçou. Conforme a emoção e concentração de Eliezer aumentava, as lágrimas escorriam livremente por suas faces, e ele orava, mais alto e forte; e igualmente mais alto e forte era o assobio daquele pássaro.

Foi quando, exatamente como na noite anterior, um vulto passou correndo em sua lateral.

Eliezer só acompanhou tudo com os olhos, seu pavor havia diminuído, estranhamente sentia-se aliviado e seguro com a presença daquele pássaro cantante e desta forma viva, que mexia-se ao seu redor. Uma paz contagiante parecia tomar conta do lugar.

E então, de forma impensada, ato reflexo, ele falou com aquelas entidades da mata que manifestavam-se a sua volta:

– Em nome de Deus e todas as Forças da Natureza, eu lhes rogo: apresentem-se! E se vieram para me auxiliar eu lhes agradeço e honro!

Inesperada e surpreendentemente, um grande arbusto, parcialmente envolto numa névoa, começou a tomar forma de um índio. Não tinha o arquétipo do índio brasileiro. Era uma mistura de índio e cigano, pele cor de canela,  o dorso desnudo, apenas colares de sementes, penas e pedras. Sua cabeça era praticamente raspada, mas tinha uma longa trança que pendia da nuca, com penas e guias de ervas em toda extensão, nos braços mais adornos, nos pulsos fitas e cordões, usava uma espécie de calça feita de pele de algum animal, e o mais fantástico: no seu braço esquerdo enrolava-se desde o pulso até o ombro, uma cobra vermelha, preta e branco, e no braço direito, uma grande arara vermelha. Abaixo dos seus grandes olhos, uma pintura em tinta vermelha.

Era uma figura imponente, cheia de energia e magnetismo, que então  assobiou.

Eliezer ainda estático diante do inusitado daquela situação, surpreso com o assobio, mal conseguia respirar. A noite era densa, mas inexplicavelmente, Eliezer o enxergava nitidamente, embora estivesse a alguma distância daquele ser, daquela entidade  que se apresentava. Nada fazia sentido. Era tudo tão surreal. Mas era fato, acontecia…

Foi quando ele assobiou novamente, aquele mesmo assobio longo e intermitente, só que mais alto, mais prolongado… E então, Eliezer, intuitivamente,  soube que deveria segui-lo. Com dificuldade levantou-se, olhou a sua volta a procura de algum galho que pudesse servir de bengala, e que estranhamente ali estava, como a espera-lo.

Aquela figura agora era apenas uma sombra, mas o assobio alto, forte e intermitente prosseguia e ia guiando Eliezer, que após caminhar uns 50 minutos ou mais, surpreso, chegou até o que lhe pareceu ser uma aldeia indígena, onde todos pareciam dormir. Um silêncio absoluto dominava todo uma vasta lareira de chão batido, rodeada de mata por todos os lados. No formato de círculo, várias ocas feitas de barro, com  teto feito do que parecia ser folhas de palmeira e bananeira.

Primeiro, o rapaz ficou atônito olhando cada detalhe daquele cenário; momentaneamente esquecido da sua situação. Depois, Eliezer foi caminhando vagarosamente para dentro daquele círculo, um tanto receoso; não fazia ideia de como seria recebido. Exatamente no centro, ainda ardia uma fogueira de tamanho médio, e a poucos metros do fogo, havia um homem acocorado.

Eliezer ficou parado, a certa distância, ansioso, observando e esperando. Não tinha certeza se aquela pessoa o havia visto, até que aquele mesmo assobio ressoou alto, redobrado, ainda mais prolongado. Ecoou por cada árvore, cada arbusto, cada flor. Era como um aviso, um sinal. O rapaz ficou todo arrepiado. Não era medo, era uma reação àquele momento,  que até então era trágico e de medo, agora transformara-se em algo tão mágico e fascinante. Nada fazia sentido, mas era tudo absolutamente real, havia uma corrente elétrica no ar, uma energia que vibrava intensamente.  Era impossível não sentir…

Então, o homem acocado levantou a mão direita, como que sinalizando para que Eliezer se aproximasse, que assim o fez.

Era um ancião, pela enrugada e queimada do sol. Cabelos brancos e longos, presos num rabo de cavalo. No dorso do corpo não usava nada além de muitas guias e colares, pés descalços e uma espécie de saia feita de palha. Na cabeça tinha algo como uma larga tiara, enfeitada com dentes e penas de animais, a mesma coisa nos pulsos e tornozelos. Eliezer deduziu que era o pajé, o curandeiro da aldeia, e cuja vestimenta de certa forma, assemelhava-se à entidade da cobra.

Ele sinalizou para que Eliezer se postasse ao seu lado. Ficaram assim lado a lado por um longo período, sem que nada fosse dito; cada um ouvindo a respiração do outro, às vezes, ele tocava um pó ou erva nas brasas, que se levantavam em chama ardente, para logo baixar novamente, deixando que apenas uma fumaça aromática saísse flutuando, formando círculos  pelos ares de toda aldeia. Eliezer sentia-se meio hipnotizado, como se estivesse em transe.

Por fim, o ancião levantou-se, pegou uma caneca de cerâmica que estava bem próxima ao fogo, e puxando Eliezer por uma mão o guiou até o rio, que era bem próximo de onde estavam.  Falando um português estranho,  mas entendível, pediu que o rapaz tirasse os sapatos e molhasse os pés,  lavasse as mãos e o rosto nas águas do rio. Sem dizer uma única palavra o rapaz obedeceu. Depois, o pajé  se aproximou e começou a lavar seu ferimento na nuca, para então lhe entregar a caneca, pedindo que bebesse toda a porção: era uma espécie de chá feito com muitas folhas que ainda boiavam na água quente. Era amargo. Eliezer tomou um gole e quis devolver a xícara, o que lhe foi negado. Era preciso beber toda a porção. Imediatamente ao terminar a bebida, o rapaz sentiu-se estranho, sentiu suas pupilas como a dilatar-se, enxergava com maior clareza e nitidez apesar da escuridão noturna.  Foi levado mais dois passos dentro do rio, e foi então que o viu.

Refletido na água, ele viu a enorme imagem daquele estanho índio que lhe respondeu as preces, e que o salvou. Alto, forte e imponente, com a cobra no braço esquerdo, e uma arara vermelha no braço direito. Exatamente a mesma entidade. Eliezer olhou para o pajé, e disse:

– Foi ele que me guiou até aqui, com seu assobio…

– Sim, Caboclo Cobra Coral, guerreiro guardião e trabalhador nas linhas de Oxóssi! Você aclamou por sua ajuda, e o Senhor das Matas lhe atendeu…

Eliezer sem nada entender disse:

– Eu nem o conhecia, como poderia chama-lo?

– Sua reza ecoou pela mata, e aqui, muitos lhe ouviram. – E então, o velho pajé, para total desconcerto de Eliezer, repetiu parcialmente a prece aflita do rapaz.

“Que o vento sopre e leve minha voz até vós, que esta mata verde reverbere meu pedido de socorro, meu pedido de auxílio, de misericórdia! Tenho medo, muito medo! Que a proteção e a benção dos Senhores das Matas cheguem até mim, que a força desta natureza viva e bela me proteja dos mistérios e perigos desta sacro lugar!”

Eliezer muito confuso e perplexo, reconhecendo suas palavras,  perguntou:

– Ele é o Senhor das Matas?

– Não! Ele é o Caboclo Cobra Coral, poderoso mago trabalhador das falanges de Oxóssi, o verdadeiro Senhor das Matas, o caçador de uma flecha só…Aquele que sabe o tempo da flecha!

Continuou:

– Cacique Cobra Coral foi um guerreiro asteca, nos Andes; depois dessa vida difícil e sangrenta, passou por uma série de novas experiência físicas por estas bandas, nas matas e florestas brasileiras. Tornou-se um grande curandeiro, um mago dominador das cobras, serpentes e répteis em geral com quem trabalhava na formulação de remédios e emplastos contra os venenos e as pestes que molestam os viventes daqui.

O pajé se ajoelhou nas águas do rio e bradou:

– Okê Caboclo! Okê Cobra Coral!

Eliezer estava confuso, mas aliviado. Perplexo, mas fascinado diante de tudo o que viverá nas últimas horas, impulsivamente, ajoelhou-se ao lado do pajé, e batendo com a mão direita no peito, também gritou:

– Okê Caboclo, Okê Cobra Coral!

Um alto e forte assobio foi a resposta.

Eliezer batia no peito, bradava alto e esticava a mão direita em diagonal. E em cada batida, um assobio em resposta.

– Okê Caboclo! Okê Cobra Coral!   – Fez isso por cinco vezes.

– Okê Caboclo!  Ohooo, Cobra Coral! Você é meu guia, meu flecheiro, guerreiro guardião, e agora sei, nunca estarei só, nada pode me fazer mal. Ohooo, Cobra Coral !

E um último assobio ainda pode ser ouvido. Desta vez mais baixo, distante, mas ficou ecoando por toda floresta por um bom tempo.

A  conexão estava feita…

FIM

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